Projeto Minha Terra 2008
Tema: Cidade e Cultura
Pauta: Hoje é dia de festa
Escola de Ensino Fundamental e Médio Antônio Vidal Malveira
Distrito de Olho D'água da Bica – Tabuleiro do Norte – Ceará
Nome da equipe: AVM
Membros: Izadora de Oliveira da Costa
Ayla Gabriell de Oliveira Costa
Tânia Íris Oliveira da Silva
Irilena Maria da Silva
Linária de Melo Oliveira
Josenias de Oliveira da Silva
Professor/redator: Alan Guerreiro Maia
Olho D'água da Bica: uma história de fé
O que projetou a vila de Olho de D’água da Bica foi a festa de Nossa Senhora da Saúde, cuja Igreja foi construída em 1881, por iniciativa do Padre Joaquim de Menezes. Era voz corrente que ele sonhara com a Santa, pedindo-lhe que edificasse uma capela no Olho D’água da Bica. Outros afirmavam que o sacerdote, homem de Deus, virtuoso, dedicado exclusivamente aos mistérios da fé, não tivera apenas uma visão, mas vira a Santa marcando o local onde haveria de ser erguida à capela. A construção contou com o apoio dos moradores que, apesar de poucos, ajudaram nos alicerces, no carregamento de pedras, etc. Apesar da construção da Igreja ser de 1881, só em 31 de maio de 1882 foi celebrada a primeira missa. E nesse dia foi bento o sino. Naquele mesmo ano, em 1882, foi construído o cruzeiro, todo de pedras, artisticamente talhadas. Quando o cruzeiro estava concluído, o Padre Joaquim de Menezes, seu idealizador, benzeu-o e pediu ao povo que mantivesse sempre vivo aquele monumento religioso, pois, enquanto ele existisse a vila jamais seria atacada por epidemia.
Em 1899, durante o inverno, a Igreja caiu. Contudo, em 1903, o povo se reuniu e a reconstruiu no mesmo local, no intuito de manter a tradição, à vontade e o sonho do Padre Joaquim de Menezes. Mas, anos depois, em 1917, ela ruiu. Em 1924, na gestão do Padre Acelino Viana Arraes, foi reconstruída no atual local. Ao invés de uma pequena capela, como a primeira, fizeram uma boa Igreja que, até hoje, é suficiente para acolher os devotos. A imagem e o sino vieram de Portugal, em 1882, doação do Coronel Antônio Joaquim Ferreira Maia.
A chegada da Imagem foi um acontecimento histórico e marcante para a comunidade, pois he deu uma nova dimensão de vida, tanto material como espiritual.
A gratidão pelas promessas, graças alcançadas e inúmeros milagres, está exposta na Casa dos Milagres. Simbolizada em peças de madeira, fabricadas por artistas anônimos que permaneceram perdidos pelo interior do país. E os que alcançaram uma graça, uma cura, se encarregavam de levar a mensagem aos outros irmãos sofridos.
Foi escolhida a data de quinze de agosto, de grande importância teológica, para celebrar a festa da Padroeira. A alma da Bica é a Igreja, pois, sem ela, ninguém conheceria o lugarejo. Sabemos que os Templos atraem os fiéis, além disso, novos residentes, como também, transformações históricas.
Para fortalecer mais a fé nos milagres da Santa, nasce na quebrada da Serra uma velha oiticica, que guarda o segredo do nascimento da fonte de água milagrosa, muito visitada pelos romeiros. Segundo os moradores, a fonte nunca secou, mesmo no período de muita estiagem. Para muitos a fonte é protegida e abençoada por Nossa Senhora da Saúde. Alguns romeiros tomam banho, enquanto outros enchem vasilhas, pois crêem que a água tem o poder de cura e traz proteção para seus lares.
A festa não é somente religiosa, existem também as festas particulares, que são feitas nos pequenos clubes da vila. Nas ruas as barracas exibem uma infinidade de novidades e bugigangas. No parque, montado num terreno próximo da Igreja, crianças e jovens giram nos brinquedos, entorpecidos pela adrenalina. Espalhados por todo canto, em volta do parque, estão os cambistas com suas mesas de jogo de azar. Nas ruas, pessoas transitam em várias direções. Os bares ficam literalmente lotados, cada um tem seu próprio sistema de som.
Atualmente essa romaria ocupa o terceiro pólo turístico religioso do Estado do Ceará (perde apenas para Canindé e Juazeiro do Norte). Sendo um exemplo concreto de vivência e crença religiosa popular, é notório a intensificação e o aumento anual dos fiéis e visitantes.
Bibliografia
Malveira, Antônio Nunes. O velho sertão da Bica. Rio de Janeiro: 1986, 1ª edição.
Malveira, Antônio Nunes. 3 Olhos D'água. Rio de Janeiro: 1988, 1ª edição.
Jornal: EEFM Antônio Vidal Malveira. Olho D'água da Bica, 01/08/2005.
Soares, Edwilson. Monografia: O sagrado e o profano em confluência e confrontos: O caso de Olho D'água da Bica.
Pauta: Hoje é dia de festa
Escola de Ensino Fundamental e Médio Antônio Vidal Malveira
Distrito de Olho D'água da Bica – Tabuleiro do Norte – Ceará
Nome da equipe: AVM
Membros: Izadora de Oliveira da Costa
Ayla Gabriell de Oliveira Costa
Tânia Íris Oliveira da Silva
Irilena Maria da Silva
Linária de Melo Oliveira
Josenias de Oliveira da Silva
Professor/redator: Alan Guerreiro Maia
Olho D'água da Bica: uma história de fé
O que projetou a vila de Olho de D’água da Bica foi a festa de Nossa Senhora da Saúde, cuja Igreja foi construída em 1881, por iniciativa do Padre Joaquim de Menezes. Era voz corrente que ele sonhara com a Santa, pedindo-lhe que edificasse uma capela no Olho D’água da Bica. Outros afirmavam que o sacerdote, homem de Deus, virtuoso, dedicado exclusivamente aos mistérios da fé, não tivera apenas uma visão, mas vira a Santa marcando o local onde haveria de ser erguida à capela. A construção contou com o apoio dos moradores que, apesar de poucos, ajudaram nos alicerces, no carregamento de pedras, etc. Apesar da construção da Igreja ser de 1881, só em 31 de maio de 1882 foi celebrada a primeira missa. E nesse dia foi bento o sino. Naquele mesmo ano, em 1882, foi construído o cruzeiro, todo de pedras, artisticamente talhadas. Quando o cruzeiro estava concluído, o Padre Joaquim de Menezes, seu idealizador, benzeu-o e pediu ao povo que mantivesse sempre vivo aquele monumento religioso, pois, enquanto ele existisse a vila jamais seria atacada por epidemia.
Em 1899, durante o inverno, a Igreja caiu. Contudo, em 1903, o povo se reuniu e a reconstruiu no mesmo local, no intuito de manter a tradição, à vontade e o sonho do Padre Joaquim de Menezes. Mas, anos depois, em 1917, ela ruiu. Em 1924, na gestão do Padre Acelino Viana Arraes, foi reconstruída no atual local. Ao invés de uma pequena capela, como a primeira, fizeram uma boa Igreja que, até hoje, é suficiente para acolher os devotos. A imagem e o sino vieram de Portugal, em 1882, doação do Coronel Antônio Joaquim Ferreira Maia.
A chegada da Imagem foi um acontecimento histórico e marcante para a comunidade, pois he deu uma nova dimensão de vida, tanto material como espiritual.
A gratidão pelas promessas, graças alcançadas e inúmeros milagres, está exposta na Casa dos Milagres. Simbolizada em peças de madeira, fabricadas por artistas anônimos que permaneceram perdidos pelo interior do país. E os que alcançaram uma graça, uma cura, se encarregavam de levar a mensagem aos outros irmãos sofridos.
Foi escolhida a data de quinze de agosto, de grande importância teológica, para celebrar a festa da Padroeira. A alma da Bica é a Igreja, pois, sem ela, ninguém conheceria o lugarejo. Sabemos que os Templos atraem os fiéis, além disso, novos residentes, como também, transformações históricas.
Para fortalecer mais a fé nos milagres da Santa, nasce na quebrada da Serra uma velha oiticica, que guarda o segredo do nascimento da fonte de água milagrosa, muito visitada pelos romeiros. Segundo os moradores, a fonte nunca secou, mesmo no período de muita estiagem. Para muitos a fonte é protegida e abençoada por Nossa Senhora da Saúde. Alguns romeiros tomam banho, enquanto outros enchem vasilhas, pois crêem que a água tem o poder de cura e traz proteção para seus lares.
A festa não é somente religiosa, existem também as festas particulares, que são feitas nos pequenos clubes da vila. Nas ruas as barracas exibem uma infinidade de novidades e bugigangas. No parque, montado num terreno próximo da Igreja, crianças e jovens giram nos brinquedos, entorpecidos pela adrenalina. Espalhados por todo canto, em volta do parque, estão os cambistas com suas mesas de jogo de azar. Nas ruas, pessoas transitam em várias direções. Os bares ficam literalmente lotados, cada um tem seu próprio sistema de som.
Atualmente essa romaria ocupa o terceiro pólo turístico religioso do Estado do Ceará (perde apenas para Canindé e Juazeiro do Norte). Sendo um exemplo concreto de vivência e crença religiosa popular, é notório a intensificação e o aumento anual dos fiéis e visitantes.
Bibliografia
Malveira, Antônio Nunes. O velho sertão da Bica. Rio de Janeiro: 1986, 1ª edição.
Malveira, Antônio Nunes. 3 Olhos D'água. Rio de Janeiro: 1988, 1ª edição.
Jornal: EEFM Antônio Vidal Malveira. Olho D'água da Bica, 01/08/2005.
Soares, Edwilson. Monografia: O sagrado e o profano em confluência e confrontos: O caso de Olho D'água da Bica.
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